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Paris, O elétrico otimismo

DeCarroPorAí / Roberto Nasser 

Paris, o elétrico otimismo 

Centenária referência mundial o Mondial d´Automobile, ou Paris Motor Show, aberto até 17 de outubro e com previsão de superar 1M de visitantes, expõe duas verdades automobilísticas: a briga encarniçada e infrene das marcas – mais de 300 fabricantes de veículos – e o focar num tipo de tração com fins ecológicos, no caso a eletricidade. As vertentes da produção de hidrogênio, seu uso exclusivo ou somado a motor convencional, foram deixados de lado, tomando-se o caminho da eletricidade pura ou auxiliada por sistemas auto-geradores de energia ou provida por motores convencionais que, ou produzem movimento ou tocam geradores elétricos. Enfim, variáveis no caminho da tração elétrica. 

Cautela 

O Brasil não tem consciência do drama mundial para reduzir emissões de combustão petrolífera, passando gentilmente pelo assunto, sem feri-lo. Por isto, nossos carros são dispensados de informar aos compradores qual o seu consumo, a quantidade de resíduos poluentes jogados à atmosfera, os danos ao meio ambiente. 

Na Europa as regras são duras, o cenário não está para amadores e por isto, e por consciência do consumidor, o cuidado ecológico pode definir compras. 

Paris exibe a linha básica de tração elétrica como opção de cuidado ecológico e sua combinação com motores endotérmicos, dos ciclos Otto – com velas de ignição – ou diesel – sem necessitar utilizá-las. 

O Brasil representa 50% das vendas na América do Sul é dos mercados com maior vigor expansionista. Porém, com as indústrias locais protegidas por barreira alfandegária, gerou um caminho próprio e com influencia sobre o Mercosul, o de fazer produtos baseados em peças antigas, híbridos entre superados e atuais. Daí, por força destas contingências, é peculiar, quase exclusivo. Produtos ditos novos, porém com plataformas, mecânicas ou estruturas de carrocerias antigas, sem sofrer concorrência da atualidade externa, protegidos pelo muro imposto por ação ou omissão de política pública. Assim, exceto para os novos industriais emergentes – Coréia, Índia, China – não há concorrência, pois as importações das novidades se fazem, apenas, com os veículos caros, referenciais, de baixo percentual de participação nas vendas domésticas – não concorrentes com os do mercado interno, e não indutores de atualização tecnológica. 

Assim, as centenas de novidades exibidas em Paris serão boas para os europeus e restante do mundo. Poucas veremos por aqui, mas, pelo baixo número, chamarão atenções. Serão destaques maiores: 

Audi A1, o menor carro da marca, pequeno Premium, com motor 1,4, injeção direta; 

Citroën, surpresa em ver o Brasil como segundo maior mercado mundial da marca, mandará para cá novidades como os novos modelos DS 3 e 4; 

Volkswagen arriscará pequenos passos com o novo Passat, bonito, imponente, mas custando em Euros e pagando muitos impostos, olha o comprador e em seus olhos vê uma estrela de três pontas. Alemão por alemão, a estrela é sedutora. 

Mercedes estará presente insistindo em seu conceito vitorioso, marcado pelas letras CL, sedãs com jeito de cupês. Com linhas e motores novos querem melhor assinalar o DNA da estrela; 

Range Rover Evoque – Revolucionário, menor da família, previsto para metade do próximo ano, esteticamente misto de 4×4 com esportivo. Elevada tecnologia, materiais modernos, motor 4 cilindros, 2.4, turbo, 240 cv. De baixas emissões e consumo. 

Renault não trará novidades ao Brasil. Na América do Sul está em introspecção, trabalhando sobre produtos antigos, evitando investimentos maiores. Daí, o novo Kangoo não aportará. Entretanto, mais que produto, no caso Renault, vale a sinalização estética. Ao aposentar o lápis marcante de Patrick LeQuement, trocando-o por Laurens van den Acker, e liberdade para marcar a retomada de seu processo não viabilizado de expansão, qualidade e credibilidade. O traço de van den Acker deve sinalizar novas gerações de produtos, mesclando novos materiais, tecnologia em som e um novo slogan: “Mude a Direção”, teoricamente fundado em conceitos que a marca entende como seus: próxima, confiável e calorosa. 

  

Roda-a-Roda 

Caixa – Preparando-se aos investimentos necessários ao aumento no capital acionário da Chrysler, a holding Fiat venderá 34% das ações que possui na Ferrari. Reterá 51% e o controle. O restante é do herdeiro Piero Ferrari, 10%, e 5% para Mubadala AbuDhabi. 

Acordo – Ford e PSA Peugeot-Citroën comemoraram 10 anos de acordo comercial-industrial e a produção de 16,5M motores diesel, anunciando continuidade. É o Projeto Gemini, com atuação global, fornecendo para Peugeot, Citroën, Ford, Mazda, Jaguar, Volvo Cars e Land Rover. A busca pelo controle de emissões custa muito e uniões são necessárias para baixar custos de desenvolvimento e produção. 

P´ra cima e p´ra frente – Dentre as 10 marcas mais vendidas no Brasil, fechadas as contas no terceiro semestre, a Kia aumentou 158% em vendas e 1,66% do mercado. No mundo, é a 10ª. marca e cresceu 26,3%. Mercado doméstico quer vender 58 mil carros em 2010. E aumentar em 2011 com série de novos produtos. 

Referência – Gosta de automóvel escrito com humor e conhecimento? O jornalista JR Mahar finalmente se dobrou à evidência e blogou. Inteligente, instrutivo, exala gasolina azul, tem base técnica e histórica, coisa rara no meio. Dê uma lida: www.maharpress.blogspot.com 

Eleições 1 – O não-ganhar pela candidata oficial mostrou os institutos de pesquisa de calças na mão. Os famosos cravaram vitória no primeiro turno e erraram totalmente, também quanto à performance de Marina. 

… 2 – Sua maior votação em Brasília apenas expôs o que os institutos de pesquisa e marketing não vêem na Capital Federal: além da maior renda per capita, maior consumidor de automóveis, livros e de obras de arte, tem o maior índice de diplomas de formação, pós e mestrado. Na prática, lê, sabe, pensa e forma opinião. 

… 2 e ½ – Por esclarecer: eleitor dos Roriz não é brasiliense. É Rorizista. 

…. 3 – O segundo turno tem condições de preencher a folha de propostas, branca no primeiro turno, em meio a novos escândalos e divulgação dos antigos. 

… 3 e ½ – Claro, e o esclarecimento do bailado com o dinheiro do Tesouro para o BNDES comprar ações da Petrobrás, e emprestar ao governo federal para fechar as contas. Um financeiro samba do crioulo doido para seguir o exemplo do coronel Chávez com a PDVSA, a petroleira venezuelana, usada como ferramenta do poder governamental. 

… 4 – A concentração dos esforços do governo para conseguir mais votos nos rincões do Nordeste, separará os brasileiros entre os que ganham Bolsa Família e os que pagam imposto de renda. Acabará resgatando um conceito secular: quem dota, vota. Ou seja, só vota quem paga imposto de renda. 

… 5 – E agora que o Supremo Tribunal Federal, atrapalhado e assustado quando deveria ser o espelho do equilíbrio se expôs ao tornar ocioso o Título de Eleitor, ficará fácil. Basta votar com o recibo da entrega do IR. 

Negócio – A Ford venceu pela 3ª. vez a apuração de melhor serviço ao cliente na América Latina. Faz parte do programa da empresa atingir o mais elevado nível de satisfação com os clientes quanto a produtos e serviços. Montou rastreamento para co-optar os insatisfeitos e recuperou 70%. 

Expansão – Empresa de atuação mundial, ex-quase compradora da alemã Opel, a Magna International amplia negócios no Brasil. Além de fábrica de fechaduras, em Jundiaí, terá outra para fabricar bancos, e mais uma para partes de carroceria. Todas em S Paulo, fornecendo ao mercado brasileiro e ao latino americano. A Magna produz carros para outras marcas, como os Chrysler Cherokee.  

História – O processo de produção em linha de montagem completou 93 anos dia 7. Brilhante, mudou a regra, criou padrão. Em vez dos empregados levarem peças até o chassi para montar um carro, o chassi passa pelos operários e vai sendo montado. Á época reduziu o tempo de 12h para 5h30. E logo, com aperfeiçoamentos, baixou a 1h30. Criado pela Ford, fe-la líder de mercado. Hoje uma montadora produz um automóvel muito mais refinado em 90s. 

Gente – Franco Ciranni, CEO da FPT Fiat Powertrain Tecnologies na América do Sul, e Antonio Carlos Botelho Megale, diretor-adjunto de Assuntos Governamentais da VW Brasil, novos presidente e vice da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, até 2012. OOOO  Débora Encarnato, jornalista promovida. OOOO Deixou a assessoria de imprensa da Volkswagen, nova Gerente de Relacionamento com jornalistas na CAOA –  Hyundai. OOOO

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